A adoração tem prioridade sobre
todas as coisas que a igreja faz, porque a sua preocupação maior é a glória do
Deus Todo-Poderoso (At 4.22-31; Ef 5.19-21; Col 3.16). Quando adoramos a Deus
em espírito e em verdade nos é aberta uma janela para a eternidade, uma vez que
o mundo está todo fechado em si mesmo, tentando moldar a igreja, bloqueando o
mundo espiritual. Mas antes devemos aprender a viver como Jesus viveu dentro da
sociedade (Mat 5.14; Fp 2.15). Porém, na vida da igreja a comunhão é tão
importante quanto à adoração porque juntas impulsionam o seu testemunho ao
mundo (At 2.42-47). Enquanto a igreja primitiva se preocupava com adoração e a
comunhão o resultado iminente era que os salvos iam-lhe sendo acrescentados.
Uma igreja fraca em adoração tem
pouca vontade de testemunhar. Onde também a comunhão é fraca, quase sempre o
testemunho fica comprometido por um individualismo exacerbado que não pode
contagiar a outrem. O testemunho é o fruto inevitável de uma comunidade que
adora a Deus e cuida de seus membros em amor.
Ao adorarmos a Deus, nossas vidas
são renovadas, curadas e preparadas para o serviço no mundo. A construção da
comunhão cristã é função básica da igreja (Ef 4.15-16). O testemunho é o
resultado da existência da adoração e comunhão. Dar louvor a Deus alcança
nossas personalidades até mesmo abaixo dos níveis de consciência porque lá bem
fundo dentro de nós está registrado que Deus nos fez para si mesmo (Ef 1.12).
Os poços mais profundos da alma e espírito são tocados e assim ao glorificar a
Deus somos libertos, purificados e fortalecidos.
A adoração está intimamente ligada
ao Reino de Deus e sua justiça, e portanto, ao arrependimento (Am 5.21,23-24;
Mat 3.2; Tg 4.8-10). A igreja precisa criar e sustentar uma comunidade de
crentes reconciliados e reconciliadores que, profeticamente, trabalham pela
justiça no mundo. Acima de tudo a igreja é profética quando pela sua adoração,
comunhão e testemunho apontam para o Reino e manifesta a nova era deste Reino.
Quando a igreja é fraca na adoração
sua vida se torna humanista e subjetiva. Quando a comunhão é anêmica, os
crentes permanecem bebês espirituais e não crescem em Cristo. Logo o testemunho
é fraco e a igreja se desvia para o legalismo a fim de resguardar sua vida com
pouco impacto e crescimento nanico.
A renovação, portanto, significa
levar a igreja ao nível normal de saúde que Deus deseja. Na verdade, o objetivo
não deve ser tanto a renovação, mas principalmente a vitalidade. A renovação
deve ser entendida como a construção de uma comunidade vigorosa que desperte
para trabalhar unidos com os propósitos do Reino de Deus. Graça e Paz! Aleluia!
Pr. Ademir Carneiro de Oliveira
Mestre em Teologia e membro da
AELB (Academia Evangélica de Letras do Brasil)
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