quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A FIGUEIRA MURCHA – (Mat. 21.17-20)

 Certamente que esta parábola aponta para a Nação Judaica, pois, enquanto todas as outras nações eram árvores sem folhas, sem fazer nenhuma profissão de lealdade ao Deus verdadeiro, Israel se orgulhava de estar coberta de folhagem da profissão religiosa abundante. Os escribas, os fariseus, os sacerdotes e os anciãos do povo eram defensores rigorosos da letra da lei, e se jactanciavam de serem os adoradores do único Deus verdadeiro e observadores escrupulosos de todas as suas leis. Em altos brados se diziam filhos de Abraão, porém, o Senhor Jesus ao olhar para o Templo o viu como covil de ladrões e não uma casa de oração (Luc 19.46). E, por terem se desviado tanto, não aceitaram nem reconheceram o Messias e foram vistos como “sepulcros caiados” (Mat 23.27). Sem dúvida é uma grande lição para a Igreja! Porque basta um breve exame do Senhor a hipocrisia, a leviandade, a falta de santidade, as especulações teológicas sem fundamento na Palavra de Deus, as vidas que negam o que seus lábios professam, logo secarão como a tal figueira
         Quando uma figueira está cheia de folhas esperamos encontrar nela os frutos. Deus sabe onde estamos, e o que somos; nada senão folhas significam nada senão mentiras. Se não temos frutos somos mortos! Não há evidências que estamos recebendo a seiva da vida que deveria habitar em nós (Ef 2.1-2). Não podemos ser bênção, pois sem a graça de Deus somos totalmente inúteis. A única coisa que ele destruiu foi esta árvore! E a sentença foi permanecer como estava, sem frutos. Frutificar é a prova da vida e do favor divino. Assim disse Spurgeon: “A profissão de fé sem a graça divina é a pompa funerária de uma alma morta.” Ou seja, como uma árvore infrutífera todas as folhas que nos enfeitam (a ilusão da aparência), não permanecerão como boas obras diante de Deus. Serão queimadas quando provadas pelo fogo (1Cor 3.13). Devemos reconhecer a falta de frutos em nós e confessar essa condição infeliz, pedindo o favor do Senhor. Pois, somente a sua graça pode produzir os frutos esperados e a confirmação da nossa vocação e eleição em Cristo Jesus, amém! Graça e Paz, Aleluia!                                                                                                                                                                
Pr. Ademir Carneiro de Oliveira - Mestre em Teologia
Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil

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